“No vinho está a verdade!” Plínio
Introdução
Olá amigos, depois de viajarmos bastante sobre os vinhos do novo mundo (Uruguai, Chile, Argentina, Estados Unidos, etc), chegou a tão aguardada hora de começarmos a falar sobre os vinhos franceses. Conforme venho falando desde o começo, existe sempre um misticismo que envolve a França no quesito de vinhos. Isso se dá pelo fato que, apesar de existirem bons vinhos produzidos em outros países, em questão de quantidade e variedade nenhum outro país ganha da França. Em específico temos a região de Bordeaux e a Borgonha. E é por essa última que começaremos a falar de tamanha excelência!!
Vinho de escolha: Joseph Drouhin Bourgogne (Pinot Noir)
Conforme falei no meu primeiro post, a grande dificuldade de falar sobre os vinhos europeus é devido à infinidade de variedades e estilos de sabores deles. Então, de forma a sermos canônicos em nossa apresentação dos vinhos da Borgonha, partiremos do clássico, do ortodoxo: uma boa opção deles que irá representá-los todos de maneira genérica. Por isso a escolha pelo Joseph Drouhin.
Algo que nos ajuda, apesar disso, é a classificação AOC (Appellation D’Origine Contrôllée), que é uma espécie de ISO de altíssima qualidade. Ou seja, até mesmo os vinhos mais vagabundos que possuem essa sigla já podem ser considerados bons vinhos. Logo, tomemos nosso vinho e partamos para o restaurante de escolha: La Casserole.
A escolha por esse restaurante e Bistrot deu-se por sugestão de um francês amigo meu que me falou que, se eu quisesse comer uma comida com o mesmo padrão de qualidade da França, aquele seria o lugar ideal.
Harmonização
Logo na entrada da casa, fui muito bem recebido pelo proprietário Leo Henry, o qual me deu muitas dicas bacanas e elogiou minha escolha de vinho!
Foie Gras
Um dos motivos que me levou a procurar o estabelecimento é o fato do Foie Gras ser proibido de vender no Brasil. A autorização é dada apenas para os restaurantes Franceses. Não vou entrar aqui no mérito da maldade que envolve esse tipo de comida, até porque ela é uma iguaria milenar. Mas o Foie Gras é o fígado gordo de ganso. Ele é consumido na maioria das vezes na forma de Terrine (uma espécie de patê). Uma comida por demasiado saborosa!
Escargot
Para o Escargot eu vou citar uma frase de Alex Atala:
“Se o caviar é considerado algo chique e o tucupi não o é, isso se dá porque alguém me disse isso. Existe uma interpretação cultural sobre o que são os aromas e sabores!” (Alex Atala)
Digo isto porque simplesmente não consigo entender porque esse tipo de iguaria é considerado algo chique. Não é que seja uma comida ruim, mas é totalmente desprovida de sabor. É borrachento e sem gosto, mas valeu pelo conhecimento.
Coq au Vin
E para o prato principal escolheremos esse que é um dos maiores exemplos da gastronomia francesa: o galo ao vinho. Reza a lenda que, durante a batalha de Alesia, Júlio César exigiu a total rendição dos Gauleses.
Vercingetórix (a quem deu origem ao personagem famoso Asterix), respondeu a essa ordem com uma provocação: enviou um galo aos romanos.
Júlio César então cozeu o galo no vinho, que representava toda a expressão romana bélica e cultural. E assim nascia o Coq au Vin.
Digestif
Vamos terminar nossa noite da forma mais Francesa que existe: com Cognac.
Conclusão
Recomendo o restaurante! Pena que aqui no Brasil é tão complicado comer e beber qualquer coisa da França. Mas tudo com planejamento é importante. O vinho Joseph Drouhin é vendido aqui no Brasil no valor de R$ 300, mas consegui comprá-lo a meia garrafa numa promoção por menos de R$80. A culinária Francesa também é bem diferente do que estamos acostumados no Brasil, o que faz com que poucos gostem do sabor, mas valeu pelo conhecimento!
Conheça todos os posts do blog através desse link
Adorei o post!! Bom trabalho, cunhado.
CurtirCurtir
Pingback: Vale do São Francisco, Bulgária, Alentejo e o Melhor Uísque do Mundo – Vinhos e Afins para Leigos
Pingback: Resumo dos posts divididos por seções – Vinhos e Afins para Leigos
Pingback: Coq au vin, queijos e vinhos franceses, chartreuse e degustações de pinot noir – Vinhos e Afins para Leigos
Pingback: Vinhos de Israel, culinária francesa e receita de steak tartare – Vinhos e Afins para Leigos
Pingback: Espetinho do Tião com vinhos, Languedoc-Roussillon e degustação de cervejas belgas – Vinhos e Afins para Leigos