Pato alentejano assado com batatas aos murros, arroz de pato e bacalhau à moda nona com vinhos portugueses e a Cannonau di Sardegna

Vinho pra mim é verbo.

“Vinhar”.

Que na primeira e segunda pessoa se conjuga como

Amar.

(Moacir Luís Araldi)

Introdução

Olá amigos, hoje o nosso post dará continuação à cultura portuguesa. Embora já tenhamos falado um pouco nos vinhos portugueses num post anterior, hoje falaremos um pouco mais e citaremos também uma uva bem incomum a todos: a Cannonau di Sardegna. Este é o segundo encontro da Confraria Távola Di Amici (amigos e familiares), caso alguém queira conferir o primeiro encontro, basta clicar aqui.

Apéritif

O vinho Malbec Fuego Negro Malbec já fez parte de um dos nossos primeiros posts do blog, logo iremos começar falando sobre um bom vinho branco português: Pinta Negra.

Esse não é um vinho nem do Alentejo nem do Douro, mas da região de Lisboa. Um vinho com bom custo benefício para ser consumido no dia a dia. Feito com as castas Fernão Pires e Arinto e detentor de aromas cítricos com ligeiro tropical. Equilibrado na boca, com uma refrescante acidez.

Nossa primeira degustação será com o queijo maravilhoso o qual já falamos no post anterior: o Serra da Estrela. Esse que é considerado por minha pessoa como o mais gostoso que já pude experimentar em vida.

Vinho branco Herdade do Arrepiado Velho. Castas: Antão Vaz (70%), Viognier (10%), Verdelho (10%) e Riesling (10%). Detentor de uma mineralidade e acidez compatível com o Serra da Estrela.

Harmonização com o pato alentejano assado com batatas aos murros, arroz de pato e bacalhau à nona

Teremos uma seleção de peso para harmonizar com essas delícias:

Filet de bacalhau dessalgado, batatas, azeitonas pretas, leite de coco, cebola roxa, alho e azeite.

Pato inteiro marinado à noite com: alho, tomilho, alecrim, azeite, louro e pimenta do reino e vinho branco.

O primeiro vinho de escolha será um ícone do Douro: Conversa

O criador desse vinho é Dirk Niepoort, um grande visionário da região do Douro.

Enquanto muitos na região estavam pensando em produzir vinhos do Porto, ele inovou e produziu um vinho de luxo com preço relativamente popular. O próprio rótulo já é uma diversão em si, pois contém uma história em quadrinhos relativo ao país de importação. No Brasil o nome é Conversa e possui uma historinha que envolve um jogo de futebol junto com um jantar romântico. Em Portugal ele se chama Diálogo. Vale a pena conferir!

Harmonizou perfeitamente com o pato assado e o arroz de pato:

Uma segunda opção do douro foi o vinho Etiqueta Negra:

Um dos amigos trouxe um vinho bastante raro e incomum que trouxe grande riqueza às harmonizações: a uva italiana Cannonau di Sardegna. Para quem não sabe onde fica a Sardenha, segue-se o mapa:

Um vinho muito frutado e exótico, bem diferente da maioria dos tintos. Arrebatou a opinião da maioria dos presentes como o melhor vinho do evento. Harmonizou muito bem com o Bacalhau.

Maravilha também com esse azeite português Adega de Borba!

Esse também foi mais um dos vinhos do Alentejo que combinaram muito bem com o bacalhau

Dessert et Digestif

Após os pratos maravilhosos temos ainda um doce genuinamente portugues: O pastel de nata.

E para a degustação teremos um dos melhores vinhos do porto da atualidade: Sandeman Late Bottled Vintage. Um vinho do porto que possui ranking máximo no quesito de qualidade.

Ele é um tipo de vinho do porto especial porque leva mais tempo envelhecendo e apurando do que os vinhos do porto tradicionais. Em questão de qualidade é praticamente impossível encontrar um vinho do porto melhor do que esse!

Além desse vinho perfeito do porto, para a sobremesa temos ainda outra estupenda opção argentina: Estiba I Sobremadurado das Bodegas Esmeralda.

Vinho detentor de um bouquet complexo, mostra-se persistente no paladar e é muito bem equilibrado por sua acidez. Elaborado com 90% Sémillion e 10% Sauvignon Blanc de vinhedos em Ugarteche e Luján de Cuyo, é um delicioso vinho de sobremesa.

Já conversamos aqui no Blog que o destilado do vinho chama-se Cognac apenas quando é produzido na região Francesa de Cognac, Brandy na maioria dos outros países e aguardente vínica em Portugal.

E para terminar o dia, tivemos mais uma vez o lendário vinho do post anterior: Castello D’Alba Vinhas Velhas.

O saldo do dia:

Conclusão

Eu espero que eu tenha conseguido arrebatar cativos de coração para a cultura portuguesa com o post anterior, mas tenho certeza que, se eu não consegui anteriormente, certamente conseguirei com esse pois é impossível não se render a tamanha maravilha!

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