“A idade é melhor vista em quatro coisas: madeira velha para queimar, vinho velho para beber, velhos amigos para confiar e autores antigos para ler.” Francis Bacon
Introdução
Olá Amigos, primeiramente quero pedir desculpas pela longa demora na atualização do blog, realmente o tempo encontra-se demasiadamente curto. Mas hoje é um dia muito feliz e especial pois é o meu aniversário e irei falar sobre possivelmente minha culinária preferida: a japonesa. O post de hoje será dividido em dois encontros em dois restaurantes maravilhosos: o Isao sushi e o Aoyama.
Sake
De modo a não errarmos quando decidimos harmonizar uma comida com uma bebida, a ciência da harmonização fala em se adotar a harmonização histórica. Há poucos anos atrás o mundo não era globalizado e as pessoas costumavam comer a comida de uma região apenas com o vinho daquela região e com o Japão isso não foi diferente. O sake também é considerado um vinho apesar de ser fermentado do arroz. E, assim como os vinhos possuem diversas categorias tanto de qualidade quanto de diversidade, de semelhante modo ocorre com o sake.
Assim como existem milhares de tipos de uvas e apenas algumas espécies são próprias para a produção de vinhos (as ditas viníferas), assim ocorre com o arroz. Apenas alguns tipos são próprios para a produção dessa bebida maravilhosa. Esse tipo de arroz é chamado de sakamai no japão.
A diferença básica entre eles é que o sakamai possui uma maior concentração de amido que o arroz de mesa. Abaixo eu vou deixar o link para um vídeo de apenas 10 minutos onde se ensina como produzir sake na sua residência. É muito bacana porque se pode ter uma ideia de como é feito de forma industrial:
https://www.youtube.com/watch?v=7u4XnOJm3oY
Outro vídeo bacana é esse falando sobre a diferença entre os tipos de sake:
https://www.youtube.com/watch?v=DtbZFzWvTIo
Assim como temos a classificação reservado, reserva e gran reserva, de uma maneira simplória podemos dividir o sake em diferentes classes de qualidade:
Junmai: Sake feito de água, mofo do tipo koji, levedura e a moagem do arroz não possui qualquer tipo de requisito mínimo.
Junmai Ginjo: Sake feito de água, mofo do tipo koji, levedura e a moagem do arroz apresenta o mínimo de 40% moído e 60% de cada grão restante.
Ginjo: Sake feito de água, mofo do tipo koji, levedura e a moagem do arroz apresenta o mínimo de 40% moído e 60% de cada grão restante. A diferença deste para o Junmai Ginjo é a adição de álcool destilado, o que trás um equilíbrio maior a bebida.
Junmai Daiginjo: Sake feito de água, mofo do tipo koji, levedura e a moagem do arroz apresenta o mínimo de 50% moído e 50% de cada grão restante.
E, finalmente temos o sake super premium: o daiginjo.
Daiginjo: Sake feito de água, mofo do tipo koji, levedura e a moagem do arroz apresenta o mínimo de 50% moído e 50% de cada grão restante. A diferença deste para o Junmai Daiginjo é a adição de álcool destilado, o que trás um equilíbrio maior a bebida.
Sushi Isao
Amigos, esse rodízio que fica localizado na liberdade está, possivelmente, dentre os melhores da cidade (se não for o melhor). O atendimento é maravilhoso e tudo é muito limpo, organizado e uma qualidade realmente impressionante! Abaixo quero deixar mais um vídeo em que o Sr. Isao recebe um prêmio em Dubai pela excelência do seu restaurante. Vale a pena conferir:
https://www.youtube.com/watch?v=IF6p5lOUJwE
Acho que, fora a qualidade ímpar deles, o que mais me chama a atenção é o rodízio de ostras. Simplesmente deliciosas com o molho feito na casa.
A qualidade deles é tão superior que o niguiri deles vem envolto numa embalagem individualmente.
A única crítica que eu possuo em relação ao restaurante é a falta de opções em relação à bebida. Sake só tem dois tipos: o Oseki californiano e o Azuma Kirim nacional. Nenhuma opção de vinhos. Escolhemos então o Oseki Sake Dry.
Como explicamos acima, ele é enquadrado na categoria junmai. Futuramente aqui no blog faremos um review de um daiginjo.
Sushi de hokkigai delicioso!
É impressionante a qualidade e variedade de sushis: sushi de enguia, vieira (coquille saint Jacques) e sashimis variados.
E o melhor para mim foram as ostras: que delícia!
Ao final ainda tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente o Sr. Isao, uma pessoa altamente humilde e cativante. Se você gosta de comida japonesa não pode deixar de conferir esse restaurante!
Aoyama
O segundo lugar em que pudemos degustar uma comida japonesa maravilhosa foi no Aoyama, esse que talvez seja o rodízio de japonês mais conhecido da cidade.
É um lugar belíssimo e muito fino.
Se você é um amante inveterado dos vinhos e deseja harmonizar a culinária japonesa com eles, a opção ideal são os espumantes dotados de uma acidez acentuada.
Hoje vamos de Chandon Brut e Rosé:
Mas também não podemos nos furtar de degustar um belo sake:
Oseki
Dentre as opções do cardápio impera a originalidade. Temos um delicioso tartare de salmão:
Canapés de salmão com ceviche:
Temos sushi de salmão com azeite trufado
Os sushis e sashimis impecáveis:
Shimeji na manteiga e camarão com lula
Salmão e Anchova grelhados
Picanha
E um dos mais deliciosos: yakissoba de frutos do mar
De sobremesa temos um petit gateau de doce de leite
Conclusão
Dois lugares realmente imperdíveis assim como a harmonização dessa culinária tão maravilhosa com espumantes e sake. Viva o Japão!
Conheça todos os posts do blog através desse link