“O vinho lava nossas inquietações, enxuga a alma até o fundo, e, entre outras coisas, garante a cura da tristeza.” Sêneca
Introdução
Amigos, hoje o post será dedicado ao início de uma série em que falaremos especificamente sobre os vinhos da Itália, o país que produz a maior quantidade de vinhos do mundo. Nesse primeiro episódio falaremos sobre a uva Barbera, conhecida como um dos 5 Bs da Itália (Barolo, Barbaresco, Barbera, Brunello e Bolgheri). “Os Bs da Itália” é como chamados os cinco principais e mais importantes vinhos produzidos no país, todos com nomes que começam com a letra B.
Cervejas
A primeira cerveja que iremos falar hoje é a singular duchesse de bourgogne. E ela é muito especial porque a impressão que temos ao degustá-la é que ela aparenta ser uma mistura entre cerveja e vinho!
Essa cerveja possui muita história e tradição, sendo produzida desde 1885. O nome dela foi escolhido para homenagear Mary, a Duquesa da Borgonha. Uma mulher que enfrentou a pretensão de Luís XI, rei da França de anexar seu território. Com 20 anos ela herdou o ducado e ficou conhecida por ser uma mulher com temperamento forte e decidido, que fez com que a França reconhecesse o poder que a província de Borgonha tinha. Faleceu com apenas 25 anos em uma queda de cavalo. As cervejas do tipo Flanders Red Ale são geralmente fermentadas por uma levedura que contém microorganismos que trazem um certo azedume e, como ela é envelhecida 18 meses em barris de Carvalho, acaba adquirindo um sabor frutado característico. A Duchesse tem cor castanho escuro com aroma de frutas vermelhas secas, tâmaras ou uvas passas, enquanto que seu aroma remete ao de um bom vinho, com presença de madeira. De todos os tipos de cervejas existentes essa é a que mais se assemelha a um vinho.
A segunda cerveja também é bastante famosa sendo considerada a cerveja premium de garrafa mais vendida no Reino Unido. Comparada com a anterior é bem menos complexa e menos encorpada. Cerveja bem leve de beber que apresenta aromas de caramelo e malte tostado.
Pegando o embalo nas cervejas do reino unido temos essa que foi eleita a cerveja que mais cresce em vendas por lá: Wells Bombardier. Uma cerveja que apresenta sabor levemente picante, presença de caramelo e uvas passas.
A última cerveja da noite é um estilo muito bacana que tive o prazer de conhecer: weizenbier filtrada. É interessante porque como ela fica transparente as pessoas tendem a achar que se trata de uma pilsen, mas o sabor é completamente igual a uma cerveja de trigo tradicional, com um pouco menos de corpo. Paulaner Weiss Kristallklar.
Uva Barbera


Junto com a nebbiolo e a sangiovese, a barbera faz parte das três uvas tintas mais importantes da Itália. Essa que produz vinhos muito aromáticos e bem leves e agradáveis na boca. Entre os seus aromas podemos identificar frutas negras como cereja, mirtilo, framboesa e morango e aromas vegetais de ervas. Como passa por carvalho, temos também madeira, chocolate e tabaco. Na boca, os vinhos são encorpados, bom nível de álcool e acidez bem presente. Baixíssimo nível de taninos.
É na região do Piemonte que essa uva alcança expressão máxima!
Restaurante de escolha: Famiglia Mancini
A escolha pelo restaurante é devido ao fato de que ele em si é um ponto turístico muito importante de São Paulo. Nos fins de semana (e até mesmo durante a semana), há filas de espera imensas para conseguir uma mesa no salão com fitas e garrafas de chianti penduradas no teto. A decoração foi criada pelo próprio dono, Walter Mancini.

O clima mágico do lugar começa logo na entrada: na Rua Avanhandava. Um dos lugares mais únicos da cidade, pois é magnífico ver as luzes penduradas por toda a extensão da ruazinha estreita. Hoje, quase todos os estabelecimentos dela pertencem à família Mancini.
Logo na chegada temos como entrada uma cestinha com pães deliciosos:
O sommelier Valentin é uma pessoa extremamente simpática e conhecedora. Prontamente nos recomendou o vinho Torre Scalza Piemonte Barbera.
Um vinho extremamente agradável de degustar. Taninos bem suaves com presença forte de frutas, acidez e álcool. Possui coloração rubi bem clara.
Como prato principal escolhemos a Mezzaluna à Mama di Lucca, que é uma massa recheada com mussarela de búfala, tomate seco, manjericão e molho ao sugo, com manteiga, creme de leite, gorgonzola e filet mignon em tiras. Simplesmente um dos pratos mais saborosos que já comi na vida!
Conclusão
Dois pontos importantes a falar sobre o restaurante: atendimento e a proibição de levar vinhos próprios. Vi na internet muita gente falando que o atendimento do lugar é ruim. Preciso discordar dessas pessoas porque os garçons são bem atenciosos. A questão é que a casa é sempre muito cheia e eles acabam ficando muito sobrecarregados dando a impressão que não estão dando atenção ao cliente, mas achei o atendimento muito bom. Sobre a proibição de levar vinhos achei isso muito chato e desagradável, pois não consigo entender como um estabelecimento decide proibir o cliente de levar sua bebida. Não vejo problema em cobrar uma taxa de rolha cara, mas acho muito radical a decisão de não dar ao cliente a opção de consumir seu vinho! Tirando esse ponto, quero dizer que o restaurante é perfeito!
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